Dois anos, sem Aretha Franklin
Hoje(16/08), completa dois anos da morte da cantora Aretha Franklin, até então, a última estrela viva na era de ouro da música negra nos EUA. Filha de um conhecido reverendo, ela começou a cantar no coro da igreja de seu pai e abalou a cena musical dos anos 60, introduzindo recursos do gospel em música secular, com sucessos lendários como Respect ou (You make me feel) A natural woman.
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Franklin, aos 76 anos, anunciou sua aposentadoria no início de 2017, com a ideia de
limitar a sua agenda a poucas e bem selecionadas apresentações, mas mesmo essas
tiveram de ser canceladas este ano por recomendação médica. Aretha Franklin tinha um câncer de pâncreas.
Seu
estrelato começou na década de 1960, a bordo de criações que marcaram a chegada
do gospel à música secular. Nascida em 1942 em Memphis, Tennessee, ela cresceu
em Detroit, a outrora rica metrópole dos carros e da música. Era de uma das
muitas famílias afro-americanas que migraram do sul para o norte dos EUA com o
boom industrial. Seu pai, o reverendo Clarence LeVaughn Franklin, era um
pregador famoso muito próximo de Martin Luther King, apesar das alegações de
maus-tratos a mulheres que pairam sobre a sua figura.
Aqueles anos marcaram a
vida de Aretha Franklin, que começou a cantar na igreja e sempre foi uma
ativista em favor dos direitos civis, com o presidente Barack Obama como um de
seus maiores admiradores. Sua última apresentação aconteceu em novembro
passado, em Nova York, no aniversário de 25 anos da Elton John AIDS Foundation.
Há 30 anos não se apresenta fora dos Estados Unidos por causa de sua lendária
fobia de voar.
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