Vida longa, Sir Rod Stewart – 76 anos - SOM DO MEU TEMPO

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10.1.21

Vida longa, Sir Rod Stewart – 76 anos

 


Hoje, 10 de janeiro de 2021, o dono da voz “rouca” mais afinada e famosa do mundo completa 76 anos.

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Roderick David Stewart nasceu em 10 de Janeiro de 1945 em Londres. Cantor e compositor britânico com ascendência escocesa, filho mais novo do casal Robert e Elsie Stewart; conhecido por sua voz terna e rouca, apareceu no cenário artístico no final dos anos 60  quando participou da banda Jeff Beck Group e depois juntou-se ao The Faces.



Depois de deixar a escola, Rod Stewart trabalhou pouco tempo como pintor além de jogar futebol no Clube Brentford em Londres. Trabalhou também como coveiro, (fato desmentido em sua autobiografia  “ROD”,  entre outras coisas). Rod apoiava a campanha de desarmamento nuclear e participou de um protesto onde foi preso. No início dos anos 60, ele passou com o cantor de  Wizz Jones e viajou por toda Europa  como busker  (pessoa que toca em lugares públicos em troca de dinheiro). Ele foi deportado da Espanha por vadiagem.


Na primavera de 1962, Rod ajudou a fundar o The Ray Davies Quartet, que tinha entre os integrantes Ray Davies – que faria sucesso com a banda The Kinks. Ele tocou com a banda em uma ocasião, mas logo largou-a devido a reclamações sobre sua voz e também por diferenças pessoais e musicais com o resto da banda.


Depois de voltar a Londres ele juntou-se a Jimmy Powell & the Five Dimensions em 1964 como vocalista onde também tocava gaita. Juntos eles gravaram um single pela Pye Records. Long John Baldry descobriu Rod tocando em trens por dinheiro (“busking”) e o convidou para juntar-se na The Hoochie Coochie Men com a qual gravou um single “Good Morning Little Schoolgirl”. The Hoochie Coochie Men evoluiu para Stempacketcom

O Steampacket acabou em 1966 e Rod Stewart juntou-se ao Shotgun Express como líder vocal junto a Beryl Marsden. Entre os integrantes do Shotgun Express estavam Mick Fleetwood e Peter Green , além de Peter Bardens. Shotgun Express lançou somente um single antes de acabar.


Rod Stewart então juntou-se ao Jeff Beck Group como vocalista, onde tocou com Ronnie Wood. Em 1968, o primeiro álbum da banda Truth tornou-se um sucesso. O segundo álbum Beck-Ola (Cosa Nostra) também foi um hit em 1969 mas os integrantes foram abandonando o grupo que chegou ao fim no final do mesmo ano.

Em 1971 Rod Stewart atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso com a canção “Maggie May” e também com o álbum Every Picture Tells a Story tanto nos EUA como na Inglaterra

Em 1974,  Rod Stewart lançou seu quinto álbum solo, Smiler, que segundo a crítica foi o mais fraco da carreira solo durante a década de 70. Mas, mesmo assim, o álbum atingiu o número 1 no Reino Unido.



Em 1975,  Rod Stewart mudou-se para os Estados Unidos e pediu a cidadania norte-americana devido ao romance que tinha com a atriz Britt Ekland Ele lançou o álbum Atlantic Crossing por uma nova gravadora. Com Atlantic Crossing ele voltou ao Top 10 da Billboard. A canção de maior sucesso do álbum foi “Sailing” que acabou atingindo o número 1 no Reino Unido. Outra canção bem conhecida do álbum foi “I Don’t Want To Talk About It”.



Em 1976 teve grande sucesso com a canção “Tonight’s the Night” que fez parte do álbum A Night on the Town, o primeiro álbum a ganhar um disco de platina pelas vendas.

O oitavo álbum de Rod Stewart, Foot Loose & Fancy Free de 1977 emplacou sucessos como “You’re In My Heart” (primeiro lugar nos Estados Unidos), “Hot Legs” e “I Was Only Joking”. A música “You’re In My Heart”, inclusive, foi dedicada ao seu amor ao país de origem de seus pais, a Escócia. Esta paixão pode ser confirmada no videoclipe da música, onde as suas imagens dividem espaço com lances de partidas de futebol da Seleção da Escócia, que mostram a garra e a determinação de seus jogadores. Uma das cenas, por exemplo, mostra um atacante correndo atrás da bola e, sem deixá-la sair pela linha de fundo, consegue cruzá-la para a dentro da grande área.


A carreira de Rod Stewart teve uma baixa entre os álbuns Tonight I’m Yours (1981) e Out of Order (1988) segundo os críticos embora tenha conseguido alguns sucessos mas em menor proporção dos anos anteriores. Em 1983 a canção “Baby Jane” do álbum Body Wishes tornou-se sua última canção a alcançar o número 1 no Reino Unido. Neste álbum, “What Am I Gonna Do (I’m so in Love with you)” também obteve sucesso porém modesto. No ano seguinte, o álbum Camouflage ganhou o disco de ouro no Reino Unido e as canções “Infatuation” e “Some Guys Have All The Luck” alcançaram certo sucesso. Rod também se reuniu com o velho amigo Jeff Beck para gravar a canção “People Get Ready”.


Em janeiro de 1985 apresentou-se no Rock in Rio para uma audiência estimada de 100.000 espectadores. Em 1986 foi a vez do lançamento do álbum Every Beat Of My Heart, cuja canção homônima atingiu grande sucesso. Em 1988 lançou o álbum Out Of Order, produzido por Andy Taylor e  “Forever Young” e “Lost in You” deste álbum foram significante hits na Billboard Hot 100. “Forever Young” foi uma inconsciente revisão da canção homônima de Bob Dylan e ambos concordaram em dividir os royalties.

Em sua autobiografia, ao contrário de outros roqueiros Stewart não evitou temas delicados em seu livro super comentado intitulado Rod : The Autobiograph.



” A obra vai mais longe que a maioria dos livros do gênero. Não se trata apenas de um passo a passo da infância até os tempos atuais contando os bastidores de turnês e processos criativos. As memórias de Stewart, que  diferenciam-se pela franqueza com que ele aborda assuntos polêmicos como o uso de drogas ou corriqueiros como a sua vida íntima. Sabe-se que a geração à qual pertence o cantor, hoje com 70 anos, usou e abusou de entorpecentes. Stewart não fica apenas na enumeração dos estimulantes ilegais que tomava. Conta detalhes quase técnicos de como se drogava, o que se tornou um prato cheio para os tabloides britânicos – usava cocaína, por exemplo, por meio de supositórios. Durante a sua passagem pelo Brasil para se apresentar no Rock in Rio em 1985, Stewart provou que o seu consumo de cocaína não tinha limites e não o levou a uma overdose por pura sorte. “Foi um dos festivais mais maravilhosamente organizados e extravagantemente selvagens em que toquei na vida”, diz ele. “Depois da minha performance, para umas 200 mil pessoas, encontrei Belinda Carlisle, do grupo The Go Go’s, e fizemos uma aposta de que banda cheirava mais cocaína. Nós perdemos de lavada.”

Esse mesmo ano de 1985 foi um divisor de águas em sua vida familiar. Stewart sabia da existência de uma filha desconhecida, chamada Sarah, hoje com 51 anos, mas ainda não estava preparado para assumir a sua paternidade. No encontro que teve com ela, três anos antes, sua mãe adotiva levou um repórter: “Esse primeiro contato foi muito frio, por causa da presença da imprensa. Fiquei muito revoltado.” Sarah é fruto do relacionamento de Stewart com a namorada Susannah Boffey – ambos tinham na época 18 anos. O relato da decisão conjunta de ter o bebê e deixá-lo para adoção é um dos pontos altos do livro: “Fiquei sabendo que era uma garota, mas não quis vê-la, com medo do que eu sentiria. Assinei os papéis da adoção e voltei para casa a pé, na noite fria, com a certeza de que essa história havia terminado na minha vida.” Hoje em dia, pai e filha têm uma boa relação.

Antes desse episódio, Stewart viveu uma experiência digna do filme “A Primeira Noite de um Homem”. Assim ele relata na autobiografia: “Perdi minha virgindade com uma mulher mais velha (e maior) em 1961, durante um festival de jazz que fui assistir. Era o local onde pegávamos cerveja e ela chegou de forma muito bruta. O quanto mais velha era ela? Não sei dizer. Velha o suficiente para ficar desapontada com a brevidade digna de um piscar de olhos da experiência.” Elementos desse encontro, um pouco alterados, tempos depois fizeram parte da música “Maggie May”, um de seus maiores sucessos.

Com mais de 150 milhões de discos vendidos, o roqueiro toca em outro ponto delicado de sua carreira. Ele assume, sem grandes problemas, que plagiara Jorge Ben Jor, o que o obrigou a atribuir ao músico carioca a coautoria do seu sucesso “Da Ya Think I’m Sexy”. “Passei o Carnaval de 1978 com Elton John e Freddie Mercury no Rio de Janeiro”, conta no livro, citando dois acontecimentos significantes. “Primeiro foi que me apaixonei por uma estrela de cinema brasileira lésbica. O outro foi que em todo lugar tocava ‘Taj Mahal’, de Jorge Ben, e aquela melodia, inconscientemente, ficou na minha cabeça, e transformou-se em ‘Da Ya Think I’m Sexy’. Plágio inconsciente, apenas.” Apesar do clima de confissão permanente, Stewart se deu o direito de preservar algo em sua autobiografia: o nome da tal atriz brasileira por quem caiu de amores naquela época.”



Rod Stewart casou-se três vezes e teve oito filhos. Em 1999 Rod foi diagnosticado com câncer na Tiroide e fez uma cirurgia em 2000. Em 2004 recebeu uma estrela com seu nome na Calçada da Fama; em 2006 recebeu o título de “Sir” do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II.

Fonte/créditos: Ana Maria Ramos






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