Em 2020, o Facebook mudou seu estatuto de regras para a
utilização de música dentro da plataforma, após a rede social ter sido
amplamente utilizada para lives de artistas e DJs em quarentena. Entenda o que
mudou desde então:
De acordo com as novas regras, o usuário do Facebook não
poderá usar vídeos para criar “uma experiência de audição musical”, sob risco
de bloqueio ou silenciamento do conteúdo. Repetidas violações desse regulamento
podem resultar no cancelamento do perfil, página ou grupo.
Essa é uma resposta da rede social depois de diversas lives
de DJs, músicos e outros usuários que utilizavam gravações e obras protegidas
nos primeiros meses da pandemia do Covid-19. Muitos desses usos excediam as
regras das licenças acordadas entre Facebook, gravadoras/distribuidoras e
editoras. Como a rede social não remunera os detentores dos conteúdos por
execução, mas sim forma acordos para utilização, resta apenas o bloqueio para
usos que excedam as normas. Fora isso, também há uma preocupação do Facebook em
garantir que conteúdos audiovisuais ganhem projeção dentro da plataforma, em
vez de materiais que privilegiem apenas áudio.
Então, o que pode ser feito com música dentro da plataforma,
neste momento?
No caso de vídeos que usem gravações oficialmente lançadas
em outras plataformas, recomenda-se o upload de materiais que utilizem trechos
curtos. Em vez de postar seu videoclipe na íntegra, vale mais a pena colocar um
fragmento de alguns segundos no ar e chamar o público para assistir o material
inteiro em outra plataforma. Caso contrário, o vídeo poderá ser removido.
A plataforma orienta que sempre deve haver um componente
visual nos vídeos postados, de maneira que o áudio gravado não seja o propósito
primário para o conteúdo. Por exemplo, se você quiser colocar no ar uma art
track (imagem estática com o áudio da música ao fundo), esse conteúdo poderá
ser removido, pois não tem um elemento visual relevante. O mesmo vale para
discotecagens e outros usos semelhantes que não tenham especial apelo visual.
O uso de músicas presentes no catálogo do Facebook está
liberado na ferramenta Music, voltada para a função Stories do Instagram e do
próprio Facebook.
Quanto maior o número de músicas vinculadas a
gravadoras/distribuidoras em um único vídeo, maior a chance de ser bloqueado ou
silenciado.
Lives de músicos precisam ser liberadas pelas suas
distribuidoras junto ao Facebook com antecedência mínima de 2 semanas. Isso se
deve à possibilidade de a inteligência artificial da plataforma identificar a
execução ao vivo como a faixa gravada e derrubar a transmissão por esse motivo.
O risco é maior para arranjos idênticos às versões gravadas e artistas que
utilizam bases pré-gravadas. Vale ressaltar que essas liberações podem ser
feitas apenas para fanpages, não para perfis pessoais.
Fonte: https://fonomatic.com.br/
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