A The Rolling Stones é
uma das maiores bandas de rock internacional da história.
Formado em Londres, em
1962, o grupo liderado por Mick Jagger foi um dos responsáveis pela explosão do
rock no mundo inteiro, no fenômeno que ficou conhecido como a invasão
britânica.
Símbolo da
contracultura e da rebeldia jovem da época, os Rolling Stones representaram uma
verdadeira revolução que, além da música, influenciou também o comportamento de
toda uma geração através das roupas, dos cabelos compridos, da arte e,
principalmente, da atitude.
Polêmica, a banda foi
a primeira a deixar de lado os terninhos nas apresentações — figurino
respeitável e padrão para os músicos da época —, e foi promovida com a campanha
Você deixaria sua filha casar com um Rolling Stone?, causando grande impacto.
Estava pronto o
terreno para que o grupo caísse de vez no gosto dos jovens e se tornasse um dos
mais bem sucedidos do mundo. Vem saber mais sobre a história do The Rolling
Stones!
História
do The Rolling Stones
A história dos Rolling
Stones começa em outubro de 1960, quando Mick Jagger e Keith Richards, que
haviam estudado juntos, se reencontram em uma estação de trem.
Mick convidou o amigo
para conhecer sua coleção de discos e eles acabaram se tornando grandes
parceiros.
Em 1962, o guitarrista
Brian Jones decidiu montar uma banda de R&B branca e convidou Mick Jagger
para ser o vocalista. Ele aceitou sob a condição de que Keith Richards pudesse
participar também, tocando guitarra.
Com o tempo, a banda
foi completada pelos músicos Ian Stewart, no piano, Bill Wyman, no baixo, e
Charlie Watts na bateria, e ganhou o nome de The Rolling Stones, em homenagem à
canção Rollin’ Stone, de Muddy Waters.
Perguntado sobre o
motivo de ter escolhido batizar a banda como Rolling Stones, Brian Jones teria
respondido: porque pedras que rolam não criam limo.
The
Rolling Stones e o primeiro grande sucesso
No início, os Rolling
Stones tinham um repertório baseado em covers. O primeiro compacto da banda,
por exemplo, trazia uma regravação de Chuck Berry e uma de Muddy Waters em cada
lado.
Mesmo o álbum de
estreia, The Rolling Stones, lançado em 1964, contava apenas com uma única
composição própria: a faixa Tell Me, assinada por Jagger e Richards.
Isso não impediu que o
álbum alcançasse o primeiro lugar nas paradas, ficando 12 semanas consecutivas
no topo das vendas.
Com o passar do tempo,
Mick Jagger e Keith Richards passaram a compor mais canções e o grupo começou a
focar na produção autoral.
(I Can’t Get No)
Satisfaction
Em seu terceiro álbum,
Out Of Our Heads, os Stones alcançaram a marca de um milhão de cópias vendidas
e chegaram ao topo nos Estados Unidos.
Isso tudo devido ao
sucesso do single (I Can’t Get No) Satisfaction, maior hit da banda até hoje.
Escrita por Jagger e
Richards, a música foi definida pela crítica como ameaçadora aos mais velhos e
um ataque contra o status quo e é considerada como uma das melhores canções de
rock de todos os tempos.
Psicodelia e acusações
de satanismo
Em 1966 a banda lançou
Aftermath, o primeiro álbum todo composto por Mick Jagger e Keith Richards.
Gravado nos EUA, o
quarto disco da banda trouxe um Rolling Stones com canções mais elaboradas,
influenciado pelo rock psicodélico e experimental.
Já em 1968, o grupo
retornou à sonoridade do rock e do blues, lançando Beggar’s Banquet. É nele que
está presente o polêmico hit Sympathy For The Devil.
Inspirado pelo livro O
Mestre e Margarida, que fala sobre uma visita do diabo à Moscou, Mick Jagger
escreveu a canção do ponto de vista de Satã.
Isso fez com que a
banda fosse acusada de envolvimento com o satanismo e corrupção da juventude.
Uma curiosidade sobre
a música é que ela traz uma percussão influenciada pelo samba e o candomblé,
que os músicos conheceram após uma visita ao Brasil em 1968.
A morte de Brian Jones
Devido ao envolvimento
com drogas, o que prejudicava o compromisso com a banda, Brian Jones foi
demitido dos Stones em 1969 e substituído por Mick Taylor. Alguns dias depois,
ele foi encontrado morto afogado na piscina de sua casa.
As circunstância da
morte nunca foram esclarecidas. Acreditava-se que ele havia se afogado
acidentalmente, sob influência de drogas.
No entanto, um
empreiteiro chamado Frank, que realizou uma obra na propriedade de Jones,
confessou em seu leito de morte, em 1993, ter planejado e assassinado o músico.
O símbolo dos Rolling
Stones
Em 1971, a banda
lançou o álbum Sticky Fingers com uma capa idealizada por Andy Warhol.
Provocativa, a arte trazia a imagem da pélvis de Jagger, com um zíper que
mostrava uma figura de cueca quando aberto.
Também foi neste álbum
que a banda apresentou pela primeira vez o seu famoso logotipo da boca com a
língua de fora.
Criado sob encomenda
pelo designer John Pasche, que disse ter feito a imagem pensando apenas que
ficaria bonita nas mercadorias, o logo agradou tanto aos Stones que deram a ele
o sentido de representar a atitude anti-autoritária da banda, a boca de Mick
Jagger e as óbvias conotações sexuais.
Nos quase 60 anos de
carreira, a banda fez várias passagens pelo Brasil, sendo a mais memorável
delas em 2006, quando fizeram um show gratuito na Praia de Copacabana para mais
de 2 milhões de pessoas, e a mais recente em 2016.
Em 2008, os Stones
ganharam um documentário dirigido por Martin Scorsese, Shine a Light, com
registro de bastidores de A Bigger Band Tour e imagens de arquivo da carreira
da banda.
Em 2020, o grupo abriu
sua primeira loja oficial, em Londres. No mesmo ano, eles ainda lançaram um
novo single, Living In a Ghost Town, que ganhou um remix feito pelo DJ Alok.
Em agosto de 2021, Charlie Watts, o baterista dos Rolling Stones, Charlie Watts, morreu em Londres aos 80 anos. Charlie Watts era a calma em meio à tempestade dos Rolling Stones.
Enquanto, à frente do palco, diante das luzes e dos flashes, Mick Jagger requebrava as cadeiras e Keith Richard emendava um “riff” atrás do outro na guitarra, Charlie Watts sustentava todo o peso dos Rolling Stones com a placidez de suas baquetas e um sorriso inconfundível. Era o lado zen de uma banda genial que se também tornou sinônimo de excessos.
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